terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Nos arquipélagos mofados em teias que foram desfeitas pelas batidas das ondas com o cenho molhado.No ato do vai-e-vem quem diz ora quem diz que ela( a onda ) vai e volta sem cessar, sem secar, sem penar, sem pesar. E os pescadores que nelas entram em busca do peixe santo de nossa mesa, nem sequer vacilam diante da mais bela sereia já que somente ela com sua beleza de Cinderela e colares de pérola canta para nos seduzir, para nos unir.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Cartão de crédito

Sorrisos, creme dental e tal,tal. Tênis da moda, toda hora. Cabelo arrumado, barba bem feita. Tudo isso tem seu valor,tudo tem a sua dor. Sonhos, como o da padaria ao lado,feitos na hora. A cena do casal que passou e você observou. E você sabe bem porque. Ora essa,porque sonhos só se forem os da padaria. Embalados com leite condensado,caramelizado,coberto com chocolate que late de quilates. Tudo isso tem seu valor,tudo isso tem a sua dor. O cartão é de plástico. É o novo dinheiro feito de plástico. Que compra até os sonhos seus que são aqueles mesmos os da padaria que até poderia ser, mas não é. Eles no fundo não são seus. São somente do dono da padaria que ri de felicidade com a saída deles.Sonhos ?!2,50. A dor? não tem preço. Mastercard aceito de sonhos caramelados a lenços aromatizados.